3 inteligências humanas e 1 trabalho com sentido
Onde máquina e artificialidade alguma pode chegar
Quantos de nós hoje vemos o nosso trabalho apenas como o desempenhar de uma função? Vivemos a maior parte do tempo cumprindo tarefas, batendo metas, seguindo processos… E, em meio a essa lógica, onde fica o sentido do que fazemos?
Trabalhamos porque gostamos ou somente para pagar as contas do mês? Acreditamos no que fazemos ou estamos apenas cumprindo protocolo? Evoluímos com o nosso trabalho ou estamos nos sentindo estagnados pelo tempo que ele consome?
Alguns podem estar se fazendo essas perguntas há tempos, outros mais recentemente começaram a se questionar. Sentido! Eita palavrinha capaz de criar um dilema imenso em nossa vida. Por um lado, é lindo falar e pensar sobre (quase até poético…rs), por outro a pergunta que não se cala: será que existe espaço para isso hoje? Será que é possível encontrar sentido no nosso trabalho?
Sempre foi possível… O que nos atrapalhou aqui? Um “desvio” em nosso caminho (não só meu ou seu, mas de toda a sociedade) que nos fez mudar completamente o significado do trabalho em nossas vidas.
👉 Leia aqui a edição na qual falei sobre essa "pedra"
Mas desvio esse que agora precisa ser trazido à tona frente às mudanças que estamos presenciando no mundo e nas nossas vidas. A discussão de significado no trabalho não é mais papo de boteco ou coisa de luxo. É uma conversa crucial se queremos menos ansiedade, medo e insegurança para enfrentar as mudanças que vêm por aí. Se queremos deixar de ter o trabalho ou as máquinas “automatizando” nossas vidas...
O trabalho não é sobre tarefas, mas sobre sentido
Enquanto muitos se ocupam em se atualizar sobre as novas tecnologias, o que sinto falta aqui é mudarmos o foco. Existe uma outra conversa bem mais profunda. Toda essa transformação, que está apenas começando, é uma verdadeira oportunidade que temos SE soubermos fazer essa grande virada de chave do que é trabalho e ser profissional daqui para frente.
Em um futuro no qual a inteligência artificial e a automação estarão cada vez mais integradas em nossas rotinas, qual será nosso papel?
Se muitas das tarefas que hoje definem cargos – analisar dados, redigir relatórios, gerenciar processos, otimizar sistemas – serão progressivamente assistidas (ou executadas) por máquinas, qual será o nosso trabalho?
Se grande parte do "fazer" operacional poderá ser delegado, a pergunta que ecoa é: qual será a nossa contribuição para o mundo?
Quando o “o quê" e o "como" trabalhamos pode ser mudado a qualquer momento, saber o "porquê" fazemos o que fazemos se torna infinitamente mais valioso.
A importância de vermos um sentido, relevância e realização no que fazemos como trabalho deixa de ser um “ideal” desejável e passa a ser uma estratégia central – é o que nos ancora em meio a essa mudança.
Mas como encontrar esse sentido? Quando tudo lá fora parece tão instável, não há nada como olhar para dentro para buscarmos centramento. Fazer sem pensar e sentir de acordo: esse é o desalinhamento que hoje nos leva a estarmos totalmente desconectados do nosso trabalho.
O caminho de volta é o de alinhar o que é parte da nossa essência humana: o que fazemos, o que pensamos e o que sentimos. Quando conectamos pensamento, sentimento e ação, o trabalho deixa de ser uma mera função e passa a ser uma expressão autêntica de quem somos.
Não é só de inteligência artificial que vive o mundo
Esse alinhamento nasce do uso das inteligências mais genuínas que temos como seres humanos, mas que muitas vezes simplesmente nos esquecemos: a Consciência, a Conexão e a Criação. São elas que nos guiarão na construção dessa ponte para transformar o nosso trabalho (e que IA nenhuma pode fazer isso por nós).
📍A Inteligência da CONSCIÊNCIA: É a capacidade de ganhar clareza do porquê fazemos o que fazemos. Sem essa clareza, somos como um barco à deriva, suscetíveis a qualquer vento do mercado ou onda tecnológica. É o autoconhecimento em sua forma mais profunda. É entender seus valores, suas motivações intrínsecas, seus medos, suas paixões, etc. É compreender o que te move e entender assim o significado do seu trabalho na sua vida.
📍A Inteligência da CONEXÃO: Somos seres sociais. Vivemos para nos relacionar; e o trabalho, em sua essência, é mais uma forma de nos conectarmos a quem somos, a nossa história e aos outros e suas histórias. Portanto, essa é a habilidade de perceber e fortalecer esses laços através do que fazemos. É explorar esse potencial de conexão no seu trabalho.
📍A Inteligência da CRIAÇÃO: Por fim, a inteligência da criação, inovação e reinvenção. A nossa capacidade inata de criar o novo, de imaginar o que ainda não foi feito. Esse será cada vez mais o diferencial do nosso trabalho.
Por mais abstrato que possa parecer, cultivar essas inteligências é uma preparação concreta que podemos fazer para transformar nosso trabalho em uma fonte autêntica de realização e significado. É o que pode, em tempos de mudança, nos distanciar do medo e da insegurança, e nos aproximar da nossa potência.
Quer começar a exercitar essas suas inteligências?
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Até a próxima semana!