Você anda falando muito com os seus botões?
Descubra se está na hora de compartilhar tudo isso.
Boa parte do se autoconhecer envolve uma reflexão mais intimista, daquela do tipo falando com os seus botões. A reflexão que se aprofunda em temas que abrangem nossa individualidade, personalidade e impactam em nossas atitudes, hábitos e comportamentos. Explorar o que está por trás de cada pensamento que aparece na nossa mente, cada emoção que isso desperta em nós e a forma como reagimos a cada simples acontecimento diário em nossas vidas.
No entanto, partilhar essa reflexão pode ajudar a trazer ainda mais força para isso dentro de nós por alguns motivos:
Estimula a digestão - falar e explicar o que estamos sentindo, pensando e vivendo nos ajuda a compreender melhor esse turbilhão que se passa dentro de nós, nossas mentes, corações e almas. Reconhecer e nomear sentimentos e emoções desenvolve ainda mais nossa autoconsciência.
Cria conexão - ao compartilharmos, nos conectamos com o outro e nos sentimos pertencentes ao vermos que os nossos questionamentos são os mesmos que os de muitas outras pessoas e não estamos sozinhos em nossos desafios e sentimentos.
Amplia o nosso olhar - apesar de termos experiências parecidas, como indivíduos temos diferentes maneiras de lidar com elas, portanto entender como outros estão lidando com isso no dia a dia faz com que identifiquemos novas formas de encarar isso também.
Neurocientistas inclusive constatam que ao falarmos e nomearmos nossos sentimentos acabamos por reduzir a ativação da amígdala - a parte responsável pelas reações do cérebro a situações de stress.
Então por que não fazemos maior uso disso? Talvez por não julgarmos importante, e quando não colocamos algo como prioridade em nossas vidas, o risco de isso cair lá na 50a posição de afazeres é gigantesca.
Mas se você ainda não o fez porque não sabe por onde começar, aqui estão algumas dicas práticas:
Reserve um tempo no começo ou final do seu dia - ou quem sabe até no meio do banho - para dialogar consigo mesmo sobre como foi seu dia, quais as experiências que você teve, como você reagiu a elas, como você se sentiu e quais emoções e sentimentos afloraram. Estabelecer esse momento te ajuda a colocá-lo na rotina.
Estabeleça uma agenda de encontros frequentes com aquela pessoa que você se sente conectado para dividir sobre as experiências pelas quais está passando. Não precisa necessariamente ser um profissional, como um psicólogo por exemplo, mas alguém cuja companhia te traga conforto e segurança.
Encontre um espaço com mais pessoas que você se sinta confortável para dividir e compartilhar tudo isso, mas também se inspirar e aprender com os demais.
O se autoconhecer não é aquele tipo de atividade estática. Exige disposição e um pingo que seja de coragem da nossa parte, pois toda vez que nos abrimos para refletir, não tem como permanecermos ou voltarmos ao ponto inicial. A inquietação é inevitável! Por isso, faça disso um exercício constante em seu dia a dia.
Ps: se você está disposto a colocar em prática a dica #3 que eu trouxe aqui, dá uma olhadinha no “Vem pra Roda” - uma iniciativa criada para que possamos vivenciar o autoconhecimento em nosso dia a dia. Quer saber mais? Clique abaixo e confira.