Você já se questionou sobre o quanto tem vivido sua própria vida? Não ache difícil ou impossível você estar vivendo a vida de outra pessoa. A todo momento somos desafiados a seguir o caminho de outras pessoas, uma estrada que pode parecer familiar, mas que pode estar criando aquele vazio que você anda sentindo.
Quando criança, muitas decisões talvez não foram suas, mas sim o que seus pais consideravam seguro. Mesmo assim, você conseguia perceber um pouco quão diferente você era dos seus amiguinhos.
Na escola, você foi ensinado a ser bom no que todos os seus colegas de classe precisavam ser também, seguindo um padrão. Alguém se importou em perguntar sobre suas paixões e seus interesses? Se sim, sinta-se privilegiado.
Já na adolescência, você começou a fazer parte de um grupo de colegas na escola e por diversas vezes você pode ter seguido aquilo que estava na moda. Sem nem saber muito o que crescer significava, você precisou escolher o caminho que queria ser. As chances são grandes de você ter feito um teste vocacional cujas opções mais te confundiram do que ajudaram, mas para não perder muito tempo e entrar logo em uma faculdade, você acabou escolheu algumas das opções apresentadas ali.
Anos depois você chegou no mercado de trabalho e percebeu que a realidade é bem diferente do que te ensinaram na universidade. Os anos foram passando, e seu trabalho foi tomando cada vez mais seu tempo e sua atenção, e você se deu conta do quanto o que você “escolheu” fazer todos os dias impacta sua vida.
Hoje, você percebe que sua vida se tornou um reflexo das escolhas feitas, e se questiona se isso é o que realmente deseja para o resto dela. Mas quando olha para o lado, todos os seus colegas de trabalho estão fazendo a mesma coisa. E quando procura desligar um pouco de tudo isso, você acessa as mídias sociais e o que vê são fotos e vídeos de conquistas e recompensas que são buscadas por muitos.
Quantos de nós estão seguindo uma mesma fórmula e tornando nossas vidas genéricas de mais?
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É como se você estivesse na farmácia e ao ser questionado sobre a medicação a sua resposta para o profissional do balcão é: Ah, vai o genérico mesmo! Será que não é isso que você está continuamente dizendo para a sua própria vida?
E não é a qualidade que estamos julgando aqui: se é bom ou ruim. Mas sim se essa vida genérica que você vem escolhendo é o seu caminho.
Mas se não é, por que a escolhemos? É possível sair dela?
Por que preferimos levar essa vida genérica? Porque é mais fácil. Porque é conhecida. Porque é "segura". Porque se eu errar, o peso da responsabilidade é menor, afinal estou fazendo o que qualquer outra pessoa faria.
Mas e se você não precisasse se adequar a nenhum lugar ou se não quisesse mostrar ou provar nada para ninguém, será que sua vida seria mesmo assim?
Colocar sua marca nessa vida e assumir suas vontades e seus desejos requer responsabilidade. E isso é desafiador para muitos!
"É uma grande responsabilidade ser você mesmo. É muito mais fácil ser outra pessoa ou ninguém." – Sylvia Plath
Assumir sua autenticidade não é um caminho fácil, pois não nos foi ensinado nem somos incentivados a fazer isso, mas não tem preço a sensação de preencher aquele vazio interior.
Se você está evitando a responsabilidade de viver sua própria vida, lembre-se de que o peso de viver a vida de outra pessoa é ainda maior. A escolha corajosa aqui é ser você mesmo!
💥Pílula de inspiração sobre o tema: hoje a dica do dia é sonora e visual - o videoclipe de Gabriel O Pensador em seu álbum “Seja Você Mesmo (Mas não seja sempre o mesmo)”.