Um pout-porri sobre sentido na vida
Durante esses últimos 5 anos, parte importante do meu processo de transformação pessoal foi questionar o significado da vida (quem já leu meu livro percebeu isso desde a introdução).
Foto por name _gravity em Unsplash
Meu lado pisciano me levando por um caminho das emoções, mergulhando fundo nos meus sentimentos e trazendo à tona a minha intuição. Mas o meu lado geminiano não fala essa língua, muito pelo contrário, ele é baseado nos dados e fatos e quer entender tudo pelo cabeção.
Pois bem, ler, estudar e analisar diferentes vertentes e especialistas que tratam desse mesmo tópico foi parte da minha jornada de entender o que estava vivendo naquele momento.
Hoje, coloco em prática o que de mais relevante se mostrou para mim e mais ressoa com a minha própria experiência. Mas dado que todo mundo um dia já se perguntou sobre isso, ou ainda irá se questionar sobre, resolvi dividir aqui um pout-porri de fontes interessantes que vim colecionando ao longos desses anos e tenho recentemente estudado.
Para alguns pode valer apenas como curiosidade de como o tema vem evoluindo ao longo do tempo. Já para aqueles que realmente se interessam por seu próprio desenvolvimento, sugiro como indicação de aprofundamento. 🧑🏻🎓
A abordagem psicoterapêutica denominada logoterapia tem como premissa que a nossa principal força motivadora é encontrar um sentido para nossas vidas. Ela foi fundada pelo médico austríaco Viktor Frankl depois dele ter sobrevivido a quatro campos de concentração nazistas. Você pode conferir essa história e saber mais detalhes da logoterapia no livro escrito por ele: Em busca de sentido, que inclusive já figurou entre o ranking dos livros mais vendidos no mundo. Ele acreditava que o significado pode ser encontrado em experiências de amor, trabalho e até mesmo sofrimento, como ele mesmo experienciou e relatou na obra.
Friedrich Nietzsche, filósofo e crítico alemão, veio antes de Vitor Frankl e, apesar das diferenças, ambos compartilham um pensamento em comum sobre o sentido da vida, expressado nessa frase de Nietzsche: “Quem tem porque viver, suporta quase qualquer como”. Coincidência ou não, ele que foi considerado um dos filósofos mais polêmicos por contestar morais e dogmas da sociedade, também viveu longos períodos nômades de solidão e isolamento. Publicou várias obras interessantes, mas o livro Assim falou Zaratrusta é um dos mais icônicos.
O mais recente movimento nesse sentido é a conhecida Psicologia da Significância que vem se destacando como uma interseção entre a Psicologia e a Filosofia. Ela se baseia na existência de uma necessidade intrínseca do ser humano de ser significativo. E o psicólogo Dr. Gordon Fleet já avisa aos apressados: não confundam isso com necessidade de pertencimento nem autoestima. Em sua obra, ele relata: as pessoas precisam se sentir valorizadas e também precisam sentir que adicionam valor ao outro.
Quer testar seu grau de significância? 👇
Pergunte a si mesmo o quanto você se sente significativo em quatro diferentes dimensões:
nas suas relações;
no seu trabalho;
na sua comunidade;
para você mesmo.
Depois, se pergunte quanto valor você adiciona usando esses quatro mesmos quesitos.
Independentemente da linha que você mais se identifica, um fato é realidade e comum entre diferentes épocas, gerações e cadeias de pensamento: significado importa!
Quer ver na prática? Imagine-se na seguinte situação: você tem todo o tempo, dinheiro e poder do mundo. O que você faria com isso até o último dia de sua vida? Até os mais ambiciosos uma hora ou outra sentirão a falta de um significado maior para seu viver.
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