Um pouco de história para transitarmos juntos
O que podemos aprender sobre mudar, evoluir e se transformar com nossos ancestrais?
A história da nossa humanidade vem evoluindo por meio de grandes ciclos. Da Revolução Industrial à Era da Inteligência Artificial, testemunhamos transformações que redefinem a forma como vivemos.
Vimos nossos ancestrais na Idade da Pedra passarem da descoberta do fogo para o que identificamos como a Revolução Agrícola, ainda no período Neolítico. Já na Idade Antiga, registramos a transição entre os impérios da Antiguidade e as primeiras civilizações. A queda do Império Romano do Ocidente abriu as portas para a Idade Média, que foi fechada com a queda do Império Romano do Oriente ao iniciar-se o novo período da Idade Moderna.
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Isso aí acima pode parecer muito longe de nós, e talvez a Revolução Francesa em 1789 seja o mais antigo marco que, apesar de tempos, parece um pouco mais próximo para nós pelos vestígios da Idade Contemporânea que vemos ainda hoje em nossa sociedade atual - o modo de produção capitalista.
De lá para cá, tivemos o que chamamos de Revolução Industrial que mudou completamente a nossa forma de produção com a introdução de máquinas trazendo pela primeira vez o conceito de larga escala na Primeira Revolução Industrial. Ainda tivemos a Segunda Revolução Industrial com a chegada da eletricidade e a manufatura em massa, e a Terceira Revolução Industrial marcada pela introdução de novas fontes de energia, da eletrônica e tecnologia - como não lembrar da chegada pela primeira vez do celular e dos computadores? Seguido do surgimento da internet, a Quarta Revolução Industrial aconteceu com a integração do mundo virtual ao mundo real. E você já deve estar percebendo uma nova revolução vindo à tona com a inteligência artificial para mudar completamente a forma como produzimos, comercializamos, nos comunicamos, aprendemos, etc.
Olhando para trás é muito avanço o que podemos notar, trazidos pelo saldo positivo dos ciclos de transição da sociedade e do mundo.
Mas e nós seres humanos no meio desses ciclos?
Enquanto a sociedade evolui, cada um de nós também passa por ciclos de transformação. Somos produtos das revoluções cognitiva, agrícola e científica, como destacado por Yuval Noah Harari, professor de História do Mundo na Universidade de Jerusalém e autor de "Sapiens: uma breve história da humanidade".
Dá para imaginar como em apenas 70 mil anos um animal nos confins da África transformou-se em um agente com poder de vida e morte sobre os demais seres? Parado e estagnado é que não foi (e vamos deixar de lado por um instante aqui o fato desse poder ser uma faca de dois gumes).
Entender o papel do ser humano diante dos fatos relatados até agora é essencial - até porque nenhuma dessas revoluções aconteceriam sem isso. no entanto, peço que você por um minuto saia do papel de leitor e se inclua nesse mar de seres humanos mencionados aqui - eles fazem parte da sua linha de evolução de alguma forma - e se pergunte:
Por que esses mesmos seres (nós) que foram capazes de mudar sua própria existência e a vida na Terra às vezes parecem resistir tanto a sua (nossa) própria mudança?
Rever nossa história como humanidade a partir da ótica dos ciclos de mudança pode ser uma ótima forma de começar a enxergar que isso é o pano de fundo maior da nossa história individual que estamos contando hoje - cada um com sua narrativa.
Então, quem sabe se sentindo parte desse grande movimento de transição você não começa a encarar com outros olhos o seu próprio ciclo de transição?
Como?
Refletindo sobre os seus ciclos: momentos transformadores que moldaram você até hoje.
Reconhecendo a autoria deles: o seu papel como agente transformador e de decisão.
Enxergando a transição como oportunidade: ao invés de resistir a ela, seja de aprendizado, crescimento, de fazer algo novo.
Ao abraçar os ciclos de mudança, não apenas moldamos nosso próprio destino, mas também contribuímos para o futuro de todos que nos cercam. Que este mês seja uma oportunidade de você redefinir o próximo capítulo de sua extraordinária jornada.
💥Pílulas de curiosidades aleatórias
Em era de inteligência artificial e robôs, você sabia que os primeiros robôs foram feitos de carne e não de metal? Robôs vivos foi o termo criado, em 1921, em uma peça do dramaturgo checo Karel Capek chamada Rossum's Universal Robots, que apresentou um experimento mental sobre o desejo de um cientista de criar pessoas artificiais. Dá só uma olhadinha nesse vídeo que traz imagens do que seriam esses robôs vivos bem pequenos, reunidos a partir de células de sapos - mais se parecem com pipocas não?!