Além do 1º de Abril: a verdade sobre Procrastinação
Afinal, procrastinar é tão ruim assim?
Mais um mês se encerra e um novo ciclo começa. Todo início e fechamento de ciclo é uma reflexão que fazemos em pequena ou grandes proporções dependendo do ciclo que estamos tratando (semana, mês, trimestre, semestre, ano e assim vai….). A famosa pausa para entender como andam os compromissos que você assumiu consigo mesmo. E a palavra que mais ouvimos por aí é: procrastinação – que vem carregada de peso, culpa e negatividade.
Esse ciclo em especial começa em um 1o de Abril - o conhecido Dia da Mentira. Como aqui não tem nada de mentira, muito pelo contrário – até verdades demais que às vezes precisamos de tempo para digerir –, acho que vale o momento para entendermos o que de verdade e falsa verdade existe sobre um termo que vemos com muita frequência por aí.
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A real da procrastinação
Para alguns, o sentimento nesse momento pode ser de felicidade e euforia por tanta coisa já concluída no primeiro trimestre e muito ainda por vir nesse ano. Para outros, talvez o que bate é a sensação de tristeza misturada com um pouco de ansiedade por ainda não ter conseguido tirar os planos e as metas do papel. Mas, afinal, isso é procrastinar? Qualquer coisa não feita é tão negativa assim? Será que não tem nada de bom nisso?
Segundo a definição, o termo procrastinar é o ato de adiar algo que poderia ser resolvido imediatamente. Etimologicamente, se olharmos para a raiz da palavra “procrastinar”, que vem do latim pro “avançar, a favor de” e crastinus “que pertence ao amanhã”, não existe nenhuma conotação clara positiva ou negativa.
Então, o que temos claro sobre isso? Suas causas, sendo a principal um desconforto causado por determinada tarefa a ser cumprida. Quanto maior o desconforto e mais a atividade exigir de nós, maior é a probabilidade da tarefa não ser cumprida de imediato, segundo um estudo conduzido pela Eastern Illinois University.
Então, onde mora o aspecto negativo e positivo?
Até o momento, não existe um acordo sobre a procrastinação ser positiva ou negativa, mas sim opiniões distintas que têm levado diversos profissionais e instituições a continuarem as pesquisas acerca do tema.
Parte desses profissionais considera a procrastinação como patológica, enquanto outra parte a considera potencialmente funcional. Esse avaliação parte dos impactos que a procrastinação pode ter na vida do indivíduo.
Adiar ocasionalmente uma tarefa de forma intencional pode não ser necessariamente problemático, mas a procrastinação crônica e excessiva pode levar a sintomas mais preocupantes como os descritos abaixo.
O lado negativo da procrastinação:
aumento do estresse e da ansiedade;
perda da produtividade e qualidade na execução.
O lado positivo da procrastinação:
trabalhar melhor por pressão;
permitir tempo para ser mais criativo na execução.
Eu sou adepta do diálogo sincero consigo mesmo. Se você tem coisas pendentes aí na sua lista de afazeres por um bom tempo, pergunte-se a si mesmo e responda de forma SINCERA:
Por que estou deixando isso para depois?
Estou tendo alguma atitude ativa mesmo deixando isso para depois?
Esse deixar para depois está me gerando ansiedade?
Se você consegue entender que atividades pontuais têm ficado nas pendências por motivos claros para você, isso não significa que você está apenas sentado no problema procrastinando sua solução. Talvez você esteja criando espaço para novas informações aparecerem nesse intervalo de tempo e assim você poder gerar novas soluções. Então, vale se cobrar um pouco menos.
Agora, se você não tem clareza sobre esses pontos acima, talvez seja o momento de parar para refletir mais a fundo se a procrastinação não tem sido algo recorrente em sua vida.
💥 Pílula sobre o tema:
O psicólogo organizacional, professor da Wharton School e autor de vários livros, entre eles “Originais: como os inconformistas mudam o mundo”, Adam Grant, conta nesse vídeo como procrastinar de forma inteligente. Vale assistir!
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