Escrevo essa mensagem da sala de embarque do aeroporto, pois o contexto me trouxe ao que vou compartilhar com você aqui. A inspiração para esse texto veio hoje enquanto organizava as minhas coisas para mais uma partida.
Entre idas e vindas, me acostumei a fazer e desfazer as malas. Eu sempre gostei desse movimento em minha vida. Mas algo que mudou muito de tempos para cá foi o ritual de "fazer as malas".
Eu amo viajar! Mas confesso a vocês que se tem uma profissão que eu gostaria de ver no passado é a de “luggage organizer" - organizador de malas. Esse sempre foi um momento tenso para mim.
Postergava até o último minuto para não encarar o chato desafio de conseguir fazer caber em minhas malas tudo o que gostaria de carregar comigo. Independentemente do tipo de viagem – curta ou longa, férias ou trabalho – a cena era sempre a mesma: espreme aqui, amassa ali, senta na mala, pesa, tira uma peça…e por aí vai.
E hoje pela manhã, ao ouvir aquele recado de mãe cautelosa: "filha, comece a organizar suas coisas", me peguei olhando para essas coisas e pensando: "mas não tenho nem o que arrumar". A sensação de leveza foi imediata!
Foi então que mais uma vez me peguei a refletir o quanto esvaziar a nossa bagagem de viagem facilita nossa aventura, mas esvaziar a nossa bagagem da VIDA pode mudar nosso caminho.
O quão cheia está sua bagagem?
Ao longo da nossa caminhada, vamos naturalmente enchendo nossa mochila de coisas, pessoas, experiências, contatos, vivência…etc. Mas em determinado ponto, essa bagagem começa a pesar demais.
O primeiro momento no qual sentimos esse peso é aos nossos 28 anos, quando fechamos o nosso quarto ciclo de vida. Um ciclo intenso de atividades, no qual a vontade por produzir acaba nos levando a explorar, aceitar e se envolver em tudo o que aparece em nossa frente. É a ânsia por conquistas!
Às vezes, sem nem perceber estamos cansados de carregar amizades que não adicionam, relacionamentos que nos diminuem, empregos que nos consomem… E não podemos seguir em frente assim. Precisamos colocar foco no que queremos cumprir.
E, por isso, a vida nos convida a fazer uma revisão de tudo o que acumulamos até então. Ou corremos o risco de continuar carregando um peso que não nos pertence e só nos distrai e nos distancia do caminho pelo qual queremos seguir.
Será mesmo que precisamos de tudo isso?
O que é extremamente necessário para constinuarmos?
O que se faz essencial para nossa jornada?
Libertar-se é preciso
Quando conseguimos deixar para trás e nos libertar de pesos desnecessários, é porque entendemos que nosso real valor não está atrelado a isso.
Nos tornamos leves para conseguir mover para onde queremos sem precisar carregar pertences ou fardos, pois o mais importante é o que vive em nós.
Por isso, minha mensagem hoje é uma pergunta simples, mas não a subestime pois ela tem muita potência:
Quais os pesos que você vem carregando hoje em sua vida dos quais precisa se libertar?
Encerro por aqui hoje e te vejo em breve, escrevendo em outras terras, outros mares e outros ares, mas nesse mesmo canal 😊.