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Você conhece alguém que gosta de suas cicatrizes? Eu não sei você, mas para mim sempre foi muito mais fácil encontrar pessoas incomodadas com suas cicatrizes do que orgulhosas delas.
Eu pertenço a esse último grupo. Tenho algumas cicatrizes e me orgulho muito delas. Uma das mais significativas está desde criança na palma da minha mão esquerda (conto o ocorrido em detalhes no primeiro capítulo do meu livro - para fazer o download e ler agora basta clicar aqui) e a mais recente aconteceu há uma semana atrás em minha passagem pelo México.
O que representa uma cicatriz senão uma marca real de que você viveu, experimentou e tentou? Talvez errou, mas com certeza aprendeu.
Uma vez li a citação abaixo de um autor desconhecido e me identifiquei muito com ela:
“As cicatrizes são um testemunho de vida. Elas só são feias para quem não consegue ver."
Cicatrizes não são passageiras. Não é o tipo de experiência leviana da vida - se é que existe alguma. Elas nos marcaram de certa forma, algumas mais profundas outras menos. E se não bastasse estarem presentes em nossa memória, estão “tatuadas” em nós.
Elas nos fazem viajar no tempo.
Elas nos transportam a outros lugares.
Elas nos conectam a pessoas.
Elas são carregadas de emoções e capazes de reavivar sentimentos.
Elas indicam que uma transformação ocorreu ali - seja no corpo ou na alma.
As cicatrizes que 2023 te deixou
Aproveitando que aquele “mood” de revisão começa a se aproximar com a entrada de dezembro e chegada do final do ano, achei o momento oportuno para te encorajar a fazer as pazes com suas cicatrizes e nesse processo refletir:
Quais foram as cicatrizes que você ganhou ao longo desse ano?
Quais delas você quer levar contigo e quais deixará para trás?
Qual a história que você contou esse ano?
Afinal, se cicatrizes são marcas da vida, nossas maiores histórias podem ser contadas através delas.